FICÇÃO? NUNCA!

Como falar em espionagem sem lembrar imediatamente das cenas absurdas de 007 no cinema? Ou mesmo de Missão Impossível? Existe algo mais emocionante do que ser custeado pelo governo para andar sempre elegante, pilotar veículos potentes, quebrar todas as regras, explodir prédios, chutar bundas de vilões e no final de cada missão dar uns amassos numa mulher bonita diferente? 

Sempre que falo para alguém que estou estudando espionagem, recebo uma reação engraçada. Uma pessoa certa vez perguntou se eu estava escrevendo um romance (tipo novela de TV). Outra perguntou se eu estava metido com espionagem. Outra se empolgou e me perguntou como ele poderia fazer para ser um espião (fazendo caretas para parecer mais sexy). 

Por mais divertido que isso pareça, a falta de conhecimento sobre a espionagem da vida real, sem o fermento do exagero ou da pura mentira que deixa as histórias mais interessantes para o público, coloca toda a atividade de espionagem num nível ainda mais secreto do que ele realmente está. Ao invés de buscar conhecer a verdade por trás da arte, as pessoas rirem do ridículo e jogam toda informação sobre o tema na caixinha da "teoria da conspiração" (ou, "pura paranoia inútil"). Após as risadas, seguem de volta sua rotina agradecidos pela piada criativa, sem restar-lhes um pingo de curiosidade pelo tema.

É exatamente por causa disso que eu NUNCA vou usar esse blog para falar de ficção relacionada a espionagem. Nem mesmo em outro blog. Não quero meu nome associado a ficção. Tudo o que eu pesquiso, escrevo, falo e publico é NÃO-FICÇÃO - ponto final. O que for HISTÓRIA é de meu interesse; já tudo o que for ESTÓRIA, não. É preciso remover essa neblina desse assunto imediatamente!

Fica, então, a porta aberta para os poetas de plantão pegarem casos reais de espionagem para inspirar seus contos, como um artesão cravando uma pedra preciosa em uma semijoia. Só me façam o favor de não confundir meu suado trabalho nas minas dos fatos com bijuterias da esquina que a TV vive vendendo por aí...

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